DASDÔ
Na antiga rua do Sovaco
Mora Dasdô
Numa casa simples
Janelas altas e de portas gigantescas
(herança da família)
Antes estudava, sonhava ser professora
Hoje casada, diverte-se vendendo imagens.
Seis filhos à sua saia
E o marido é carpinteiro
(antigo vizinho seu)
A tinha como mana
mas o tempo esqueceu
mesmo assim ao meio dia
na agonia do ir pra casa
de longe reparei naquela banca
olhar límpido, sorriso debulhado
e a felicidade criança
daquela que um dia
compartilhou de minhas esperanças
Permanece intacta
f e l i z
como se nunca tivesse saído
da antiga rua do sovaco.
Poema extraído de “Santos de Quarentena”/Iris Tavares
Fortaleza, Expressão, 1992.
Parabéns, Iris!!!!
ResponderExcluirLindo poema...